terça-feira, 21 de outubro de 2008

Entrevista para o jornal Gazeta do povo de Curitiba

Negra, criada em área pobre e violenta de São Paulo, a rapper e atriz Negra Li venceu muitos preconceitos até chegar a ser nacionalmente conhecida. Apesar do reconhecimento, os preconceitos ainda surgem. Ela foi criticada quando operou o nariz para deixá-lo mais fino, e mais recentemente quando colocou duas bailarinas brancas na equipe do seu show. "O fato de ser famosa não ameniza o preconceito. Quando escolhi as meninas brancas como bailarinas me falaram que era uma atitude vergonhosa, que eu não poderia ter feito isso", contou em entrevista, por e-mail, para a Gazeta do Povo.

"Não sei quando isso vai acabar. Na minha equipe trabalha quem tem talento, seja branco, negro, alto, baixo, magro, gordo. O que importa é a capacidade e a competência", completou.

Negra Li diz que gosta de transitar por diferentes estilos musicais para aprender mais

Considerada um dos ídolos da juventude, a cantora diz que se preocupa muito em passar mensagens boas e positivas para seu público e ensina que a melhor arma para enfrentar o preconceito é a auto-estima.

Conhecida também por sua participação no filme e série “Antônia”, Negra Li diz que adorou a experiência de atuar, mas neste momento não tem novos planos na área. “Estou completamente mergulhada na música, estudando, compondo, escolhendo repertório...”, disse a cantora que trabalha em um novo projeto de CD que pode sair ainda este ano.

Carreira Musical

Acostumada a transitar por diferentes áreas musicais, Negra Li prova que o preconceito não faz parte da sua carreira. Ela começou como cantora no grupo de rap RZO, depois lançou um disco em parceria com o rapper Helião, “Guerreiro & Guerreira”, e o solo “Negra Livre”. Participou de gravações com nomes como Belo, Charlie Brown Junior, Jeito Moleque e recentemente o Skank com quem gravou “Ainda gosto dela”.

“Eu acho que transitar por diferentes estilos ajuda a divulgar o rap. Porque, por exemplo, se uma pessoa que gosta de samba me vê cantar com o Martinho da Vila, ou gosta de rock e me ouve cantando com a Pitty, de repente essa pessoa se interessa em saber de onde eu vim, vai encontrar na minha biografia nomes como RZO, Racionais e conseqüentemente vai conhecer um pouco do rap. Acho muito legal misturar som e, além disso, eu sou uma pessoa eclética e fico feliz pela oportunidade de poder mostrar a minha diversidade musical”, comentou Negra Li, recentemente casada com Carlos Junior Dread, da banda Reggae Style.

Uma nova experiência musical a artista vai viver esta semana, na quarta-feira (22), quando participa do show Memória Musical em homenagem à Tim Maia com a banda curitibana Poléxia, no teatro do SESC da Esquina. “Eu adoro ‘Bye bye tristeza’ e muitas outras do Tim. Ele era um excelente músico e a fase do cd Tim Maia Racional me chamou a atenção, apesar da loucura pela religião, o CD ficou bárbaro e de uma musicalidade absurda, por isso optei por cantar, em Curitiba, três faixas deste álbum” adiantou Negra Li, que faz o primeiro ensaio com o grupo nesta terça-feira (21). "Estou bastante ansiosa. Quero logo ver no que vai dar, sabe? Mas tenho certeza que vamos fazer um bom trabalho, e o mais importante: divertir-nos porque Tim Maia é bom demais !!!!", finalizou Negra Li.

Um comentário:

Seumiza disse...

Eu estive no palco com a Negra Li e a Banda Poléxia aqui em curitiba e estou acessando este blog para falar do meu orgulho, do meu imenso prazer em estar ao lado de uma pessoa maravilhosa que eu conheci e espero que sempre que estiver em curitiba eu possa manter contato. ww.yLi o maior sucesso do mundo pra você, pra sua equipe e que o cara lá de cima esteja sempre ao seu ado.Bjos enorme da Poléxia e em especial do seumiza.
http://www.youtube.com/watch?v=M9BtBxGwEkA